sábado, 12 de janeiro de 2013

Voe, mas me leve


Estas nuvens que você vê
são frutos de meu tabaco
picado e enrolado em um papel fino.

Já perdi toda a graça e alegria.
Sinto frio de casaco.
Não sei mais qual o teu sabor. Perdi o tino.

A minha súplica ao Senhor é:
um brilho para meu olhar opaco.
Que, na sua presença, já foi cristalino.

Foste mais esperta, talvez,
e eu achando ser velhaco.
Só que hoje percebo ainda ser menino.

Contigo era a alegria de um samba:
viola, pandeiro e cavaco.
Hoje restou a melancolia de um tango argentino.

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