sábado, 12 de janeiro de 2013

Templo do Escritor


...é um sorriso na pele branca,
vento no cabelo preto.
A batida forte que bombeia
luz para a vida.
Transformação da beleza física
em encanto poético.
Inexplicável dom,
inspiração divina.
Força do céu que desce,
retoma-lhe a mente por direito.
Mensagem de alegria
que conforta os desesperados.
Salvação própria, alheia;
comunitária. Tranquilidade.
Uma praia, uma rede,
o som das ondas; flores,
cores vivas. Sorriso exagerado.
Ociosidade inexistente.
Satisfação em servir-lhe.
De repente preparado,
poemas e canções, declarações
e serenatas, papéis amassados;
surpresa no café da manhã:
além do bilhete como presente,
orações, pedidos e desejos.
Escada que sobe pelas pernas,
que desce ao inferno. Finalmente,
o céu é a última parada.
Uma falta de lucidez temporária
em que suas mãos tornam-se
costureiras, entrelaçando versos
entre linhas e frases entrelinhas.
Espera sem fim pela arte,
em que o pensamento tenta clarear
e expor idéias,
ainda submersas...

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