domingo, 10 de março de 2013

It's a Wonderful World


MUNDO MARAVILHOSO
I SAMUEL cap. 2 vers. 8
"Levanta do pó o pobre, do monturo eleva o necessitado, para os fazer sentar entre os príncipes, para os fazer herdar um trono de glória; porque do Senhor são as colunas da terra, sobre elas pôs ele o mundo.





TresJota - Eu Quero Voltar Pro Rio


TresJota - Eu Quero Voltar Pro Rio (Prod. Caseira / Salvador, Bahia, 2013)

sábado, 12 de janeiro de 2013

Basta um sorriso para sorrir


Jonathan Mello e Taciane Ribeiro


Sorrir
 um bom pedaço.
O melhor começo. A melhor forma.
Ganhar o espaço.

Basta um sorriso para saber
que está tudo bem.

Basta um sorriso para esquecer
os próprios problemas do Palhaço.

Basta um sorriso antes do beijo,
depois da tristeza, durante o abraço.
Uma sutil conversa que nos leva.
Atravessamos para o lado forte
do nosso laço.
Em nosso próprio mundo somos nós
quem construímos nosso império,
nosso paço.

Basta um sorriso para eu sonhar,
cansado, deitado em teu colo,
habitando teu regaço.
E durante meu voo sorrio,
mas não vejo graça.
Só vejo quando te puxo pelo braço,
e tu mostras-me a alma,
que mistura-se às nuvens.
E eu, encantado com todo o teu desembaraço.

Basta um sorriso seu para que o meu apareça,
em meio aos nossos sorrisos sem graça.
Em ti, acho toda minha graça
perdida durante o dia.
A graça em que ti habita.

Basta um sorriso...
mas não basta ser um sorriso.
Basta seu sorriso.
A recíproca do meu sorriso.

Dois





Nossas almas foram criadas juntas,
desde pequeninas;
banharam-se no mesmo rio
e comeram das mesmas frutas;
brincaram de ciranda,
esconde-esconde e amarelinha;
antes de elas nascerem,
esconderam-se na mesma gruta;
sentaram-se nos mesmos campos,
nas mesmas pedras;
conversaram sobre
infinitos assuntos sem sentido;
acaloraram-se em meio à chuva forte
entre as hedras;
fizeram com que suas vidas
se unissem do jeito mais provido;
unificaram-se de uma forma
que nem mesmo elas explicarão;
presenciaram o primeiro Sol nascer
e a primeira Lua se por;
acordaram na Etiópia,
voaram e adormeceram no Japão;
contribuíram para o desabrochar
de cada bela e humilde flor.

MJ - Speechless

MJ - Speechless








Saudade

Templo do Escritor


...é um sorriso na pele branca,
vento no cabelo preto.
A batida forte que bombeia
luz para a vida.
Transformação da beleza física
em encanto poético.
Inexplicável dom,
inspiração divina.
Força do céu que desce,
retoma-lhe a mente por direito.
Mensagem de alegria
que conforta os desesperados.
Salvação própria, alheia;
comunitária. Tranquilidade.
Uma praia, uma rede,
o som das ondas; flores,
cores vivas. Sorriso exagerado.
Ociosidade inexistente.
Satisfação em servir-lhe.
De repente preparado,
poemas e canções, declarações
e serenatas, papéis amassados;
surpresa no café da manhã:
além do bilhete como presente,
orações, pedidos e desejos.
Escada que sobe pelas pernas,
que desce ao inferno. Finalmente,
o céu é a última parada.
Uma falta de lucidez temporária
em que suas mãos tornam-se
costureiras, entrelaçando versos
entre linhas e frases entrelinhas.
Espera sem fim pela arte,
em que o pensamento tenta clarear
e expor idéias,
ainda submersas...

Velha Patroa Cansada


Chover, é somente o que falta ela fazer.
Enquanto a minha vida é vadiar, beber.
Ao invés de as sementes ir colher.
Vendo a velha patroa trabalhar.

Sabes que sou um malandro de primeira,
conhecido até o topo da Mangueira,
onde, mesmo sem vento, balança a bandeira
que é motivo para o povo se orgulhar.

As esquinas habito mais que minha morada.
Saio de fininho, cortando a noite calada
e decerto sempre envolvo-me em uma cilada.
Tenho sempre minha coroa para me acobertar.

Que por vezes perde a calma que possui em demasia.
E me priva muitos dias de cometer uma ousadia,
exclama a todo tempo que eu siga a romaria
e contente-me com uma desgostosa noite no sofá.

Passo a alvorada em claro olhando para o céu.
Nas costas, o peso que carrego é de um réu.
E que inspira-me a compor um samba em um papel
Com a esperança de minha velha me perdoar.

Mesmo com a imensa vontade de chamar-me: Espora!
Lembra-se dos benefícios que já realizei outrora
e de quantas larguei para ter apenas uma senhora.
Depois de provar minha lábia, volta a me sustentar.

Sois Vós quem escuta agora


Jogados no sofá,
e o pensamento voa.
O que fazer agora?
A escolha é tua.
De longe,
um som desagradável soa.
Má intenção cresce,
boa vai à rua.
Coisa que,
duas semanas não acontecia.
O quebra-cabeça
já tinha quebrado a minha.
Logo você, Senhora?!
Que incomum! Motefobia?!
Ainda assim,
contribuo com amor até à bengalinha.
Sei que não sou rei,
mas sobre amor domino.
Por mais vagabundo que seja,
a vida dá trabalho.
Menos idade, mais experiência,
alma de menino.
Não sou rei, mas és rainha.
Para sempre no meu baralho.

Imaturamante


Amante verde,
antes da hora cai do pé.
Não sabe amar ainda,
mas ele quer.
Nunca dá voz à razão.
Deixa brilhar o coração.

De forma louca,
inconsciente e verdadeira,
rende-se de modo fácil
à donzela sorrateira,
que nem mesmo ele sabe
se é, ou não paixão.

E o que ganha com isto,
Meu Caro Imaturamante?
Diz ele querer mudar
um sentimento antes pedante.
Um desejo desesperado,
Futuro Poeta Ancião.

Melhor parar agora,
como fizeste com a bebida.
Para um amante,
razão é a pior coisa desta vida.
Mas ela não é um assunto
todo fora de questão.

Voe, mas me leve


Estas nuvens que você vê
são frutos de meu tabaco
picado e enrolado em um papel fino.

Já perdi toda a graça e alegria.
Sinto frio de casaco.
Não sei mais qual o teu sabor. Perdi o tino.

A minha súplica ao Senhor é:
um brilho para meu olhar opaco.
Que, na sua presença, já foi cristalino.

Foste mais esperta, talvez,
e eu achando ser velhaco.
Só que hoje percebo ainda ser menino.

Contigo era a alegria de um samba:
viola, pandeiro e cavaco.
Hoje restou a melancolia de um tango argentino.

Eufemia Boêmia


Senhor, peço-Te força
para que eu possa amá-la de forma afim.
Realizar seus desejos, ou
sua idealização de um companheiro.
Que todas as manhãs, durante o tempo
que passarmos juntos, ela seja presenteada
com um poema, e com os lindos versos nele contido.
Que eu perdoe-a de seus acessos de raiva.
E que ela perdoe-me quando, não intumescido,
ela procurar meus braços e não encontrar;
quando, em plena bagaceira, der-lhe uma bordoada;

Meu Senhor, minhas preces são verdadeiras.
Possuo, e Tu sabes, um coração puro.
Não me importo que ela não vá sambar comigo,
ou que não goste de ver meu time jogar.
Mas se ela aceitar-me de bom grado,
serei um dos melhores amantes deste mundo.

Procurarei algum ofício, mas não prometo achar.
Não quero ver minha senhora sobrecarregada.
Nosso rebento será trabalhoso, imagino.

Cairei em lavadura. Oh, Deus!
Farei este sacrifício por ela.

Agradeço-Te tudo que tens feito por nós quatro.
Por ela e por mim. Por mim e por ela.

Assim Seja!

Não se deite preocupado com ela, Malandro


O vento que voa leve, de timbre musical.
A pasta de brisa que vive a me servir.
Uma bela varanda no bairro da Tijuca.
É pouco, bastante pouco para fazer-me dormir.

Aquela devassa perdeu-se no meu caminho.
Perfumada à rosa vermelha, de vestido rosa.
Toda sua fartura enche-me de transbordar.
Não me rendeu casamento, só uma prolixa prosa.

Minha camisa de seda rasgou com suas carícias.
Um coração vendido a quem não merecia.
Um nome jogado na sarjeta da paixão.
Gotas de ódio escorrendo devido à falsa alegria.

"Não se deite preocupado com ela, Malandro."
Ouço quando passo em frente a um bar.
Meu segredo guardado pelos quatro cantos.
Lembrarei deste conselho à noite, antes de deitar.

Nada mais me entorpece, nem mesmo erva-doce.
"- Whisky, conhaque, cevada ou enrolado de nicotina?"
O garçom, bom amigo, pergunta: "- Vai de quê?"
Eu lhe respondo: "Por favor, cinco doses de morfina."

Teorema à Ravana


Laila,
és tão pequena.

Consegues ser menor
que um morfema.

E ainda assim
és maior que meu poema.

És de raça negra,
porém tua pele é bem morena.

Teus cabelos, cacheados como são,
rendem-se ao teu belo diadema.

Que me perdoe José de Alencar,
mas prefiro a ti que a Iracema.

Lavanda tu exalas devido
ao coração rodeado de alfazema.

Espero que gostes. É com carinho
que ofereço-lhe meu teorema.

Embrulhado em Luz


Jonathan Mello e Jackeline Costa


Embrulhado em Luz
fostes entregue em minha vida.
Chegando e, rapidamente,
tornando-me o melhor que eu poderia ser.
Dia após dia
tentei forçar algum caminho,
sem saber, ou imaginar,
que o Senhor dos Exércitos já o havia traçado.
E até o fim do meu trajeto lembrarei,
pois deixastes em mim um pedaço de você.
E até aonde eu puder levarei
este pedaço comigo.
Tão meu, que parece um pedaço de mim.
Espero que até lá continuemos amigos
e possamos seguir juntos, enfim.

Dê poemas pro Ar


Dê poemas pro ar.
Inspirarás poesia,
algo que cessará a agonia.
Sétimo céu. Azul, infinito azul.
Palavras que matam sede,
coqueiros que penduram rede.
Desliguem-se de Kabul.

Pensamentos, e repouso ao fim.
Astros, estrelas e Deus
executando pelos dedos teus
a fala que não podem proferir.
Aventurar-se-ão no teu amor,
riscos morfológicos que cumpres sem temor,
e que voltam e vão sem se despedir.

São ondas de um mar indescoberto,
inspirações atemporais,
que tornam-se belas sendo ocasionais,
enfatizam e alegram a alma.
Pastor, discípulo, profeta,
água, flor ou um Simples Poeta
Na difícil missão de trazer a calma.

Cisneiro


No mundo em que todos
são colados ao chão
ela flutua, voa,
sua voz soa e ela sua.

Seus lábios se divergem
feito duas cortinas.
Feito uma canoa de madeira crua,
ela corre de canela nua.

Acostumada sempre com
uma formosura sempar.
Não possui candura,
sempre foi cabrocha, linda negrura.

Seus cabelos esvoaçam
junto à ventania.
Em um simples volver do rosto,
prazer, não desgosto.

De Setembro a Dezembro
tudo fica mais agradável à vista.
Ela faz a flor desabrochar
e seu odor emanar.

Uma criação de cisnes,
bela como ela, é um espelho.
Sábia, já sabia que não haveria
beleza como a dela.

Alegria


Se o samba faz-me cantar
e o Sol brilha sem fim.
Tristeza, não vou mais chorar.
Alegria é o que quero pra mim.


Meu coração, o que é que há?
Porque bates forte assim?
Acelera devido ao olhar
daquela moça manequim.


Que logo após ao passar
manda-me pro botequim
e sempre fico a esperar
por não poder tê-la, enfim.


Se o samba faz-me cantar
e o Sol brilha sem fim.
Tristeza, não vou mais chorar.
Alegria é o que quero pra mim

Bruna: Dona do mundo


Um universo linear
é pouco para Bruna.
Ela constrói o infinito
e seu poema se consuma.

Chamo de herança.
Está no sangue. Genética.
Indiscutível seu talento,
infalível sua prosa poética.

Por menor que seja,
ou recente seja a mente,
os pensamentos que se vão
é que a torna diferente.

Tem o talento para o samba,
mas não o de sambar.
Essa guria quando canta
convida-nos a se alegrar.

Com um violão ela faz
o astro rei nos acordar.
E sua redenção, enfim,
estende-se até a luz do luar.

Ela sabe que pode,
Porém não pode tudo.
A decisão é sua, Bruna:
o que fazer com o mundo?

O Romantismo do Modesto


Jamais desistirei
de tocar minha viola
embaixo da janela dela
para que ela ouça meu cântico.

Parecem novas mulheres,
mas são as mesma mulheres,
apenas desaprenderam a
reconhecer o homem romântico.

Tamanho romantismo fica
exposto quando para ti
transformo minha pequena
canoa em um grande transatlântico.

E quando achares que é pouco,
derramarei minha tristeza
em um buraco fundo, e
em minutos se tornará o oceano atlântico.

O dia em que parei de beber (Angústia de um Boêmio)


Uma sensação
começava a desfalecer-me.
Logo pela manhã,
um despertar acoimador.
Só de pensar
que não verei o garçom,
a malandragem, o futebol;
E a causa...
um simples pedido
de minha balzaquiana.
Ao invés do boteco,
minha cama;
Ao invés do Manoel,
minha dama;
Ao invés de escutar:
"Outro dia eu pago."
Eu ouço ela dizendo
que me ama.
O dia passando devagar,
e como foi devagar este dia.
Só poderei saber
o resultado do bicho amanhã.
Será tristeza ou alegria?
Ah! o dia em que
parei de beber...
Bateu-me uma saudade de ouvir
aquele disco do Cartola
que sempre ouço no botequim
numa velha e boa radiola
e que até a conta pendurada
faz-nos esquecer.
Enfim, a noite caiu.
João sempre dizia:
"À noite a cidade é mais bonita...".
Oh! A ansiedade
que invade-me.
Só de pensar que amanhã
voltará tudo ao normal...
Felicidade!

O dia em que voltei a beber (Boêmio sem angústia)


Percebi que o Sol nascera,
enfim chegara a manhã.
Alguém tinha escancarado a cortina
de tal forma que a claridade
pode tomar meu corpo inteiro.
Ainda bem tonto,
estranhei aquele colchão
em que eu tinha dormido.
Não entendi.
Dormi e acordei
com os sapatos nos pés;
na camisa
apenas dois botões abotoados;
do meu lado
nenhuma balzaquiana.
Meus cabelos em meio aquele despenteio
só deixavam-me mais confuso.
De repente,
apareceram algumas imagens
em minha cabeça,
que tentava se recuperar sem sucesso:
a radiola cantando "Silêncio de um cipestre"
- Que lindo!;
O brilho da Lua;
alguns números embaralhados em um papel azul;
uma garrafa de aguardente e, por fim,
eu deitando-me na rua.
Minha nega estava séria.
Por que eu estava tonto, ou
pelos meus passos vacilantes?
Quando retomo parte da consciência,
vergonha.
o Sol perdeu o brilho,
e eu sinto pena d'Aurora,
que possui grande inocência.
Porém, nada que afete minha fluência.
Enquanto isso,
eu procuro ter
amigos como os ladrilhos.

Coisa de Poeta


Nunca interrompa um poeta.

Fazendo assim, você contribuirá

para a mudança do mundo.

Só o poeta tem o poder

de ir do início ao fim.

Só o poeta pode ser nada,

só o poeta pode tudo.

O poeta pode matar,

o poeta faz renascer.

Ele vive na inércia

até chegar a inspiração.

Normalmente ele da a vida,

geralmente faz morrer,

mas sempre com um motivo por trás:
a salvação

Bruna: recado


Morena, passei para abraçar-te,
para que deixes eu levar-te;

Há tempos que a presença
de um sorriso falta-me à vista.
E isto, pequena, desagrada-me.

És o ser mais versado
para que, facilmente, entenda
meu desagrado.

Se tu parasses e
recomeçasses teu caminho,
Perceberias que não me habito
mais em desalinho.

Antes que meus sonhos
percam-se nos teus beijos,
e antes mesmo que meu corpo
não se aqueça nos teus abraços...

Lembra-te que daqui a décadas,
milênios, séculos,
teus segredos ainda no meu coração
estarão implexos.

A Dor de Não Amar



5:45 da manhã o pássaro cantou.


Abra os olhos para um novo mundo.
O Senhor abençoou a ti
e hoje você pode tudo.

Você não ganhou apenas um dia.

Você ganhou mais uma chance para provar
que a vida é uma maravilha,
e ainda é tempo de apaixonar-se.

Não pense na paixão como algo obrigatório,
pois ela vem da mente.



O nosso futuro é totalmente ilusório,

e considere, o amor é totalmente
diferente.

Diferente da paixão, o amor vem de dentro
e não atrai a carne.

E se eu te amo, longe de ti eu não aguento.
À flor da pele este fogo arde.

Prefiro hoje ter você ao meu lado,
ou até perder um grande amor...

do que nunca saber a dor
do que é ter amado.

Odaxelagnia


Jonathan Mello & Taciane Ribeiro


Não é apenas vontade de comer.

Não é só razão para sentir prazer.
É a curiosidade de sentir teu gosto.
Quando eu agarro em sua orelhas,
percebo um levantar de sobrancelhas
e vejo o envermelhecer desse seu rosto.

Não tem como evitar o suspiro profundo
causado pelas carícias deste pobre vagabundo.
Sei que ficas louca por mordiscadas,
que quando junto ao afago em teus cabelos,
fazem acordar, de repente, os teus pelos,
e já não lhe mantêm, assim, tão preservada.

Cravo sem dó, mas cravo com carinho.
Uma picada de leve, como se fosse um espinho.
Meus dentes tentam, mas o controle eles perdem.
Jamais se queixaram de sua extrema lisura.
E por que queixar-se-iam de sua alvura?
Eu faço apenas o que eles me pedem.

Gostar de mordicadas é até irrelevante.
O morder é muito mais excitante.
Vontade que cresce ao te tocar.
Em um simples olhar,
minha boca já sabe o caminho
que me leva direto ao destino,
que é sua pele amarronzada.
Onde sinto teu gosto, juntando com seu cheiro.
E aperto o dente com gosto.
Ainda com vontade, quero um pedaço teu pra mim.
Porque sei que já vais partir,
mas me lembro que o melhor pedaço já tenho,
que está dentro de mim.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Bruna: recado


Morena, passei para abraçar-te.

Para que deixes eu levar-te;

Há tempos que a presença
de um sorriso falta-me à vista.
E isto, pequena, desagrada-me.

És o ser mais versado
para que, facilmente, entenda
meu desagrado.

Se tu parasses e
recomeçasses teu caminho,
Perceberias que não me habito
mais em desalinho.

Antes que meus sonhos
percam-se nos teus beijos,
e antes mesmo que meu corpo
não se aqueça nos teus abraços...

Lembra-te que daqui a décadas,
milênios, séculos,
teus segredos ainda no meu coração
estarão implexos.

Vilas e seu Mar de Corais




6 da manhã Vilas desperta o Sol,
ajoelha e agradece pela sua luz.
Ela desliza pelas ondas e nada,
nada no mundo é capaz de atrapalhar.

A sintonia perfeita entre o homem e o mar.
Capaz de comandar toda a vida marinha,
sereias e algas rodeiam sua costa.
Com uma intensidade descomunal ela sabe viver.

Ela voa nas águas azuis que refletem o entardecer.
As estrelas-do-mar iluminam o oceano
enquanto Iemanjá termina de abençoar o dia.
Durante a noite a Lua transforma-se em um farol.

Vilas relaxa, descansa, e o mar cobre-lhe feito um lençol
enfeitado com espadas, dourados e pedras.
Ela é a arvore mais alta da floresta.
É a flor mais cheirosa do jardim.

Peixes e plantas saúdam-lhe durante os dias sem fim
e ela retribui o seu amor à natureza.
Que estende-se por toda a vida
e nada faz com que ela deixe de ser forte.
Bem vindos sejam ao Litoral Norte!
Ótimo exemplo.
Exemplo do Poder de Deus.
Quem imaginaria?
Bezerra da Silva
Glória a Deus!





Agonia de Amar


- E só de pensar que não vou
mais te encontrar em breve,
Meu Bem, eu peço, por favor,
aonde fores me leve.

Não sei se eu vou aguentar
viver sem tua companhia.
Agonia de Amar.
Agonia, agonia.

- Quanto mais sinto tua falta
mais a cabeça fica louca.
Mais ela fica insensata
sentindo a falta da tua boca.

Não sei se vou deixar pra lá
minha inspiração de poesia.
Agonia de Amar.
Agonia, agonia.

- E se você por acaso quiser
ver meu peito ardendo em brasa
volte a ser minha mulher,
Meu Bem, por favor, volte pra casa.

Meu Bem, se quiseres voltar
a fazer tudo o que já fazias.
Alegria de Amar.
Alegria, alegria.